21 de novembro de 2012
Há alguns dias atrás a televisão nos mostrou cenas que pareciam sair dos clássicos filmes de zumbis. Cruzando uma movimentada Avenida Brasil, usuários de crack destemidos pelo efeito da droga mostravam para o Brasil que não podemos mais fugir dessa questão.
A droga é barata, altamente viciante e de fácil acesso. E essa é uma combinação perversamente perfeita para que o número de consumidores aumente a cada dia. Se medidas eficazes não forem tomadas, cenas como essa irão se tornar cada vez mais comum e bem perto de nós. Quem sabe em nossa própria casa?
Essa epidemia pode parecer distante de nós. O crack escondido embaixo de viadutos ou em lugares ermos que não passamos nem perto, trazem uma sensação de que o problema nunca irá bater à nossa porta. Mas a verdade é que a família precisa estar atenta para isso como uma questão pública e particular.
Pais conversem sempre com seus filhos. Alertem sobre toda essa droga perigosa e fatal. Mas mesmo que a questão principal não seja o crack especificamente, converse sobre as outras ameaças que também estão “zumbificando” as pessoas.
Recentemente, a revista VEJA fez uma matéria de capa, alertando que o consumo do álcool entre os adolescentes só tem aumentado. E quando bebem, bebem pra valer! A concepção de que a maconha é uma droga leve e quase inofensiva também ganha cada vez mais adesão no pensamento popular. E assim, vai se formando uma geração dopada, focada na sensação do prazer artificial.
Há razões para o surgimento desse fenômeno. Uma decepção generalizada sobre sua própria existência, a falta de limite e afeto dos pais, uma sensação amarga de abandono, o mote social do “prazer a qualquer custo” são algumas delas. O fato é que ninguém precisa viver assim.
Além de estar atento e cobrar as autoridades, nós mesmos precisamos ser autoridades no nosso pequeno país: nossa casa. O que seu filho pensa sobre maconha, crack, álcool e outras substâncias? Você já bateu um papo com ele sobre o assunto? Como isso anda perto da realidade interior dele? E você filho, seja de que idade for, como é a sua relação com essas substâncias? Pra que tanta fuga, tanta necessidade de adaptação a um ambiente que não leva a lugar nenhum?
Não vire e não deixe ninguém virar um zumbi da pós-modernidade. Receba e dê o ensinamento sábio da Palavra que nos chama a enfrentar a seca realidade, mas nunca sozinhos. E sabendo desse mal-estar tão grande impregnado no ser humano, Paulo nos convida a ficarmos embriagados com a presença do Espírito Santo em nós. É dessa amizade e presença que a alma precisa para viver plenamente e não fugir da vida.
“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito”
Efésios 5.18