15 de janeiro de 2015
“quem tem ouvidos para ouvir, ouça” Mateus 11.15
Algumas semanas atrás li um livro muito interessante, daqueles que prendem sua atenção do início ao fim. O livro se chama Espiritualidade Subversiva, e o autor é um pastor muito conhecido por sua profundidade e coerência, o nome dele é Eugene Peterson.
Dentre as várias afirmações interessantes do livro, duas linhas de raciocínio chamaram minha atenção e gostaria de dividir com você querido leitor desta pastoral.
A primeira foi a maneira profunda que Peterson descreve a espiritualidade quando ela se perde nas entranhas de uma alma confusa e que não percebe o mar de lama que se encontra. Talvez esta seja uma das características mais elementares de uma alma enferma, o fato de não perceber o quanto ela precisa de Deus, mesmo achando estar próxima a Ele. Peterson diz; Na prática a espiritualidade muitas vezes se desenvolve na neurose, degenera-se em egoísmo, torna-se pretensiosa, passa a ser violenta. Isso acontece quando substituímos o texto sagrado pelas nossas opiniões.
A segunda linha de raciocínio que chamou minha atenção foi a proposta de se ouvir a Cristo como alguém que esta contando uma história. Ver o evangelho sob esta perspectiva é desafiador. O autor afirma; Mesmo as histórias mais complexas tendem a evocar a criança que há em nós – expectante, maravilhada, responsiva, encantada – razão por que, naturalmente, a história é a forma favorita de expressão para a criança, razão também por que é a forma dominante de revelação do Espírito Santo, e por que nós, adultos, que gostamos de bancar os peritos e gerentes da vida, tão frequentemente preferimos a explicação e a informação.
Concluindo as duas linhas de raciocínio compõe o mesmo quadro, sendo partes que se completam, onde a histeria confusa da alma humana enferma, depois de devidamente revelada, tem o seu encontro transformador nas palavras doces, simples, mas extremamente poderosas de Cristo.
Ouvir a Cristo, faz toda diferença. Fica para nós este santo desafio, de mergulhar em nossa espiritualidade e descobrir nas entranhas das profundezas que a simplicidade de Cristo é a mais bela forma de viver a vida.
Que Deus nos abençoe!
Rev. Leonardo Sahium